terça-feira, 8 de julho de 2008

Que seja doce (um pouco de Caio Fernando Abreu)


"Então: que seja doce. Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias,
bem assim: que seja doce.

Quando há sol, e esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da insônia, contemplando as partículas de poeira soltas no ar, feito um pequeno universo,
repito sete vezes para dar sorte:
que seja doce
que seja doce
que seja doce
e assim por diante."

Caio Fernando Abreu

Fragmento extraído da crônica Os dragões não conhecem o paraíso

Amigos do Cinema

Na sexta-feira, 11 de julho, a Associação Amigos do Cinema realiza sessão conjunta com o Cine Santa Cruz, na Sala 3. "Fim dos Tempos" será apresentado às 21h.

“FIM DOS TEMPOS” – 14 anos – 96 minutos
Drama – De M. Night Shyamalan – EUA / Índia 2008 - LEGENDADO
Diariamente: 21h



Sinopse: O novo filme de M. Night Shyamalan (O Sexto Sentido e A Vila) tem como premissa a natureza se rebelando contra a humanidade, aniquilando os homens antes que eles acabem com ela. Uma neurotoxina invisível passa a compor o ar que respiramos e as pessoas começam a se suicidar. O protagonista é Elliot Moore (Mark Wahlberg), um professor de ciência, aspirante a guitarrista, de 30 e poucos anos, que vive na Filadélfia. Ele passa por uma situação pessoal complicada quando sua esposa, Alma Moore (Zooey Deschanel), decide deixá-lo. Ele tem problemas em aceitar as coisas como elas são e isso forma o seu arco dramático. Os primeiros suicídios acontecem ainda no primeiro bloco do filme. Primeiro, em Nova York, uma mulher no Central Park começa a se esfaquear no pescoço logo depois de ser atingida pelo vento que carrega a toxina. Em uma construção próxima dali, o vento faz vários operários pularem para a morte. Daí em diante, sempre que há sinal de vento soprando é porque uma cena de morte se aproxima. Quando as mortes viram notícia, a mídia especula que se trata de um ataque biológico promovido por terroristas nas principais cidades de todos os países, embora não haja ligação política entre eles. A única informação precisa é que a toxina surgiu dos parques dessas cidades, o que, mais tarde, leva a descoberta de que a própria vegetação está produzindo a substância. Enquanto a toxina se espalha pelos EUA, Elliot e Alma tentam escapar de trem junto com Julian (John Leguizamo), professor colega de Elliot, e sua filha de sete anos, Jess. Crítica.

Programação de 11 a 17 de julho

Sala 1 - Kung Fu Panda – Livre – 92 minutos - 2ª semana - Animação

Apesar de não ser um novo clássico do cinema - e nem se propor a tanto -, "Kung Fu Panda" é uma animação bastante agradável e divertida, bem como uma ótima homenagem aos filmes de kung-fu de outrora. Crítica.

Animação – De Mark Osborne e John Stevenson – EUA / 2008 – DUBLADO - Sábado, Domingo e 4ª feira : 14h – 15h50min – 17h40min – 19h30min – 21h20min - Demais dias: 17h40min – 19h30min – 21h20min

Sala 2 - Hancock – 12 anos – 90 minutos - 2ª semana - Ação

"Hancock" acerta ao dar ênfase ao que realmente importa: o personagem principal. É o talento de Will Smith, os bons diálogos e cenas focadas no super-herói sem caráter que tornam o longa-metragem uma experiência divertida, perfeita para o verão americano e as férias escolares. Crítica.

Ação – De Peter Berg – EUA / 2008 – LEGENDADO Sábado, Domingo e 4ª feira : 14h10min – 16h – 17h50min – 19h40min – 21h30min Demais Dias: 17h50min – 19h40min – 21h30min

Sala 3 - Wall-e – Livre – 105 minutos - 3ª semana - Animação

WALL-E! Vale a pena? A simplicidade de "Wall-E" é um dos fatores mais encantadores do novo longa-metragem da Pixar. O que falta em diálogo sobra em qualidade de animação. Ele é simples, mas tem uma construção tocante e um personagem memorável. O que faz com que seja tudo isso? Leia a crítica completa.

“ W A L L - E ” – Livre – 105 min Animação – De Andrew Stanton – EUA / 2008 – DUBLADO Sábado, Domingo e 4ª feira : 14h30min – 16h30min – 18h30min – 20h30min Demais dias: 16h30min – 18h30min – 20h30min

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Injustiça e desordem

Luis Fernando Verissimo - Publicado em Zero Hora - 03 de julho de 2008


Quando Goethe disse que preferia a injustiça à desordem, a Europa recém fora sacudida pela revolução francesa e enfrentava outro terremoto, o bonapartismo em marcha. Sua opção não era teórica, era pela específica velha ordem que os novos tempos ameaçavam. Por mais injusta que fosse, a velha ordem era melhor do que as paixões incontroláveis libertadas pela revolução. Mas a frase de Goethe atravessou 200 anos, foi usada ou repudiada por muitos, na teoria ou na prática e em vários contextos, e chega aos nossos dias mais atual do que nunca. Você não pode pensar na questão agrária brasileira, por exemplo, sem cedo ou tarde ter que se perguntar se prefere a justiça ou a ordem.

A injustiça no caso é flagrante e escandalosa. Mesmo que se aceitem todas as teses sobre o desvirtuamento do movimento dos sem-terra e se acate a demonização dos seus líderes, militantes e simpatizantes, a dimensão do movimento é uma evidência literalmente gritante do tamanho da iniqüidade fundiária no Brasil, que ou é uma ficção que milhares de pessoas resolveram adotar só para fazer barulho, ou é uma vergonha nacional. A iniqüidade que criou essa multidão de deserdados no país com a maior extensão de terras aráveis do mundo é a mesma que expulsou outra multidão para as ruas e favelas das grandes cidades, deixando o campo despovoado para o latifúndio e o agronegócio predatório. A demora de uma reforma agrária para valer, tão prometida e tão adiada, só agrava a exclusão e aumenta a revolta.

Quem acha que desordem é pior do que injustiça tem do que se queixar, e a que recorrer. As invasões e manifestações dos sem-terra se sucedem e assustam. Proprietários rurais se mobilizam e se armam, a violência e o medo aumentam, a reação se organiza. Agora mesmo no Rio Grande do Sul, enquanto endurece a repressão policial às ações do MST, um documento do Ministério Público estadual prega a criminalização de vez do movimento, caracterizando-o como uma guerrilha que ameaça a segurança nacional, com ajuda de fora. É improvável que uma maioria de promotores de Justiça do Estado, transformados em promotores de ordem acima de tudo, tivesse abonado o documento como estava redigido, com seu vocabulário evocativo de outra era. Mas ele dá uma idéia da força crescente do outro lado da opção definidora, dos que escolheram como Goethe.

Progamação do Cine Santa Cruz de 4 a 10 de julho

Sala 1

Kung Fu Panda

Livre - 92 minutos - Lançamento nacional


Apesar de não ser um novo clássico do cinema - e nem se propor a tanto -, "Kung Fu Panda" é uma animação bastante agradável e divertida, bem como uma ótima homenagem aos filmes de kung-fu de outrora. Crítica.


Animação – De Mark Osborne e John Stevenson – EUA / 2008 – DUBLADO
Sábado, Domingo e 4ª feira : 14h – 15h50min – 17h40min – 19h30min – 21h20min
Demais dias: 17h40min – 19h30min – 21h20min

Sala 2

Hancock

12 anos - 90 minutos - Lançamento nacional



"Hancock" acerta ao dar ênfase ao que realmente importa: o personagem principal. É o talento de Will Smith, os bons diálogos e cenas focadas no super-herói sem caráter que tornam o longa-metragem uma experiência divertida, perfeita para o verão americano e as férias escolares. Crítica.



Ação – De Peter Berg – EUA / 2008 – LEGENDADO
Sábado, Domingo e 4ª feira : 14h10min – 16h – 17h50min – 19h40min – 21h30min
Demais Dias: 17h50min – 19h40min – 21h30min


Sala 3 - 2ª semana

Wall-e
Livre - 105 minutos




Crítica

WALL-E! Vale a pena?
A simplicidade de "Wall-E" é um dos fatores mais encantadores do novo longa-metragem da Pixar. O que falta em diálogo sobra em qualidade de animação. Ele é simples, mas tem uma construção tocante e um personagem memorável. O que faz com que seja tudo isso? Leia a crítica completa da animação no site Cinema com Rapadura.


“ W A L L - E ” – Livre – 105 min

Animação – De Andrew Stanton – EUA / 2008 – DUBLADO
Sábado, Domingo e 4ª feira : 14h30min – 16h30min – 18h30min – 20h30min
Demais dias: 16h30min – 18h30min – 20h30min

Anima Mundi em Santa Cruz

Neste mês de julho, o Arte Sesc - Cultura por toda parte lança no Rio Grande do Sul a Mostra 'O Melhor do Anima Mundi Brasil'. A iniciativa consiste na exibição do melhores filmes curta-metragens em animação produzidos no país nos últimos anos participantes do Festival Internacional de Animação do Brasil. A mostra, dividida nas categorias Adulto, Público em Geral e Infantil, circulará por diversos municípios gaúchos e acontece em sessões gratuitas para o público adulto e infantil.

Composta por 35 títulos, a programação tem 13 deles dedicados às crianças. No Rio Grande do Sul, a circulação - uma ampliação do projeto CineSesc - passará por Gravataí, Uruguaiana, Caxias do Sul, Lajeado, Brochier, Santa Cruz do Sul, Erechim, Maratá e São Sebastião do Caí no mês de julho (veja abaixo a programação completa).

Entre os filmes que serão exibidos, alguns dos destaques são o 'A Noite do Vampiro', 'Ziriguidum' e 'Leonel Pé de Vento'. Abaixo, confira os curta-metragens que compõem cada sessão.

O Anima Mundi é um festival anual que desde 1993 traz ao público brasileiro uma seleção dos melhores filmes e vídeos nacionais e internacionais do mundo da animação. É considerado o maior do gênero na América Latina. Durante o festival, são exibidos curtas, médias e longas-metragens, seriados e comerciais. As linguagens narrativas e técnicas são as mais variadas e o festival não exige nenhum critério específico.

Outras informações podem ser obtidas nas Unidades Operacionais do Sesc no Estado ou através do site www.sesc-rs.com.br/artesesc.


SANTA CRUZ DO SUL

Data: 9 a 31/07

Local: Sala de vídeo do Sesc (Rua Ernesto Alves, 1042)

Sessões:

Público Geral, 09, 16, 23 e 29/07, às 9h, 15h e 20h

Sessão Adulta, 10, 17, 24 e 30/07, às 9h, 15h e 20h

Sessão Infantil, 11, 18, 25 e 31/07 - Horários: 09, 15 e 20h

Workshow com o guitarrista Richard Powell

Em mais uma promoção do projeto SESC Música, Santa Cruz recebe no próximo dia 09 e julho, às 20 horas, no Espaço Camarim, um dos grandes guitarristas brasileiros em atividade, o gaúcho Richard Powell.

Ele vem a Santa Cruz para um workshow e também para divulgar seu último CD "Dom", que traz 13 faixas de rock instrumental em que Powell demonstra sua fluência no instrumento. O CD conta com a produção do santa-cruzense Veco Marques, da banda Nenhum de Nós. Richard fará demonstrações práticas a partir de suas próprias composições, executará músicas de seus três discos solo, com maior ênfase ao CD "Dom", e responderá perguntas da platéia. O evento tem o apoio de Prisma Audio Profissional e Drurys Luthieria e Manutenção de Instrumentos.

Richard - A música de Richard Powell está comprovando que aos poucos, santo de casa pode fazer milagres sim. Com a guitarra a serviço da composição, solos faiscantes, técnicas seguras e palhetadas surpreendentes, suas melodias e temas foram gravados de forma excepcional em seu terceiro álbum, Dom que é totalmente instrumental e traz vinhetas que mostram facetas interessantes da técnica de Richard.

Killy - Esta é a terceira vez que Powell vem a Santa Cruz sempre com a parceria do amigo, guitarrista e violonista santa-cruzense Killy Freitas, que fará, a convite de Richard, a abertura do evento, executando algumas criações na guitarra.

Ingressos para o show no SESC (R. Ernesto Alves, 1042) a R$ 10,00 geral e R$ 5,00
(comerciários, estudantes, sócios da Pró-Cultura e idosos a partir de 60 anos).

SERVIÇO:

O quê: Workshow com o guitarrista Richard Powell
Quando: 09/07/08
Horário: 20 horas
Onde: Espaço Camarim (R. Mal. Floriano, 332)
Ingressos: no SESC (R. Ernesto Alves, 1042) a R$ 10,00 geral e R$ 5,00
(comerciários, estudantes, sócios da Pró-Cultura e idosos a partir de 60 anos).


Um dia muito especial

Amigos do Cinema é hoje, 4 de julho,
no Cine Santa Cruz, às 21h

No dia em que Hitler e Mussolini firmam o acordo que levará ambos os países à 2ª Guerra Mundial, uma dona de casa frustrada conhece seu vizinho, com quem cria uma forte amizade. Dirigido por Ettore Scola (O Jantar) e com Sophia Loren e Marcello Mastroianni no elenco. Recebeu 2 indicações ao Oscar.

Sinopse

Roma, 6 de maio de 1938. Benito Mussolini e Adolf Hitler se encontraram para selar a união política que, no ano seguinte, levaria o mundo à 2ª Guerra Mundial.
Praticamente toda a população vai ver este acontecimento, inclusive o marido fascista de Antonietta (Sophia Loren), uma solitária dona de casa que conhece acidentalmente Gabriele (Marcello Mastroianni), seu vizinho, quando seu pássaro de estimação foge e ela o encontra pousado na janela do vizinho. Antonietta nunca falara com Gabrielle, que tinha sido demitido recentemente da rádio onde trabalhava por ser homossexual. Ela, por sua vez, era uma esposa infeliz e insegura pelo fato de não ter uma formação profissional. Gradativamente os dois desenvolvem um tipo muito especial de amizade.

Ficha Técnica

Título Original: Una Giornata Particolare
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 105 minutos
Ano de Lançamento (Itália): 1977
Estúdio: Canafox / Compagnia Cinematografica Champion
Distribuição: Cinema 5 Distributing / Reserva Especial
Direção: Ettore Scola
Roteiro: Maurizio Constanzo, Ettore Scola e Ruggero Maccari
Produção: Carlo Ponti
Música: Armando Trovajoli
Fotografia: Pasqualino de Santis
Desenho de Produção: Luciana Ricceri
Figurino: Enrico Sabbatini
Edição: Raimondo Crociani

Elenco

Sophia Loren (Antonietta)
Marcello Mastroianni (Gabriele)
John Vernon (Emanuele)
Patrizia Basso (Romana)
Tiziano de Perso (Arnaldo)
Maurizio Di Paolantonio (Fabio)
Antonio Garibaldi (Littorio)
Vittorio Guerrieri (Umberto)
Alessandra Mussolini (Maria Luísa)
Françoise Berd

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Sobre Livros & Leituras aborda literatura infantil e infanto-juvenil


No dia 12 de julho, sábado, ocorre o próximo encontro Sobre Livros e Leituras. O grupo vai abordar o tema "literatura infantil e infanto-juvenil". A proposta é que cada um dos participantes, se desejar, leve algum texto breve desse gênero ou ligado ao assunto. A professora e psicóloga, Betina Hillessheim, que estuda o tema, foi convidada para conversar e ajudar a compreender a literatura direcionada a crianças e adolescentes. O encontro é aberto a todos(as) e não há exigência alguma. É só comparecer a partir das 14h na Livraria e Cafeteria Iluminura - Santa Cruz do Sul.

Os encontros acontecem quinzenalmente, às 14h, na Livraria e Cafeteria Iluminura, no Centro. Esquina das Ruas Marechal Floriano e Borges de Medeiros, ou em outro lugar previamente combinado. Mais informações no blog.

Teatro



O ArteSESC traz a Santa Cruz no próximo dia 04/07/08, sexta-feira, às 15 horas, na Praça Getúlio Vargas, o espetáculo MISÉRIA, SERVIDOR DE DOIS ESTANCIEIROS, com o grupo Oigalê Cooperativa de ArtistasTeatrais (POA/RS) - http://www.oigale.com.br/ Teatro de Rua - Duração: 60 minutos - Gratuito Sinopse: Continuidade da saga do personagem Miséria, que depois de sua suposta morte não pôde entrar no céu nem no inferno, e então ficou vagando pelo pampa até decidir ir para Porto Alegre, no final do século XIX. Dramaturgia: Carlo Goldoni Adaptação: Hamilton Leite e Juliana Kersting Direção: Hamilton Leite Trilha Sonora: Matheus Mapa e Simone Rasllan Elenco: Carla Cosa, Fernando Pecoits, Giancarlo Carlomagno, Juliana Kersting, PauloBrasil e Roberta Darkiewicz.